O Palácio dos Biscainhos é um notável exemplar da arquitetura residencial portuguesa, localizando-se na cidade de Braga, e no seu processo evolutivo abrange os séculos XVII e XVIII, estendendo-se ao século XIX, com expressivas intervenções ao nível dos Interiores Ornamentais destacando-se a Azulejaria, a Pintura e a Escultura.

Este conjunto patrimonial monumental inclui imóvel e jardins, nestes últimos valorizando-se a Arquitetura e a Escultura Setecentistas, e é representativo do elevado nível artístico e cultural da região norte. 
No século XVII, a Casa foi propriedade de Constantino Ribeiro do Lago, uma grande figura bracarense da época, seguido no século seguinte pelos seus filhos, Diogo de Sousa e Silva e o Deão D. Francisco Pereira da Silva, cujos descendentes foram Condes de Bertiandos. O Palácio foi adquirido pela Assembleia Distrital de Braga em 1963 e, após significativas obras de restauro, abriu ao público como Museu em 1978. 
O imóvel organiza-se em dois níveis distintos, que serviram de base ao desenvolvimento do Programa Museográfico: o piso térreo, que acolhe espaços funcionais como o Pátio de Honra Coberto, a Cavalariça, a Cocheira e a Cozinha; e o Andar Nobre, que reúne os espaços de aparato, destinados à sociabilização e à representação, incluindo a Escadaria Monumental, a Sala de Espera, o Salão Nobre, a Sala da Torre, a Sala do Concílio dos Deuses, a Sala de Música, a Sala dos Azulejos, a Sala de Jantar e o Pátio-Jardim Interior.

Neste contexto, o Programa assenta na valorização do próprio edifício — a sua mais expressiva componente —, que se assume como o cenário privilegiado para a apresentação de coleções de Arte, Artes Decorativas, Instrumentos Musicais e Meios de Transporte, entre outras.