A Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E., anuncia a conclusão dos concursos públicos internacionais para a direção do Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Fortaleza de Sagres, Museu Nacional da Música e Palácio Nacional de Mafra. Os mandatos terão início a 1 de abril.
Na direção do Mosteiro de Alcobaça mantém-se Ana Pagará. Licenciada em História e mestre em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico, tem como domínios de especialização a arquitetura da Ordem de Cister, na perspetiva da conservação do Património, e a gestão de Património Mundial. É diretora do Mosteiro de Alcobaça desde 2015, sendo coordenadora da Rede Europeia de Património Cisterciense. Técnica superior da Câmara Municipal de Mafra desde 2002, desempenhou também funções na Direção Regional de Cultura do Alentejo e na Câmara Municipal de Portel (1999-2001).
Clara Moura Soares é designada para a direção do Mosteiro da Batalha. Com licenciatura em História, mestrado em Arte, Património e Restauro e doutoramento em História de Arte, é atualmente professora auxiliar do Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, tendo entre 1998 e 2006 exercido funções no departamento de conservação e restauro da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Tomar. Tem trabalhado em projetos de investigação no âmbito do inventário artístico e da história e teoria da conservação e restauro do património artístico.
Ana Cláudia Silveira assume a direção da Fortaleza de Sagres. Doutorada em História Medieval, é membro da equipa do Instituto de Estudos Medievais, da UNL. A par da carreira docente, a sua atividade profissional tem estado ligada à administração local e central, exercendo funções relacionadas com a museologia, gestão patrimonial e programação cultural. Tem publicado trabalhos centrados, entre outros temas, na organização e desenvolvimento dos espaços litorais e na gestão territorial promovida pela Ordem Militar de Santiago de Espada.
Edward Ayres de Abreu mantém-se à frente do Museu Nacional da Música (MNM), cujas novas instalações deverão inaugurar no Real Edifício de Mafra até final deste ano. Musicólogo de formação, com doutoramento em Ciências Musicais, ao longo do seu percurso profissional colaborou com a Gulbenkian Música, a Casa da Música e o Teatro Nacional de São Carlos. Fundou e dirigiu, entre 2009 e 2022, o MPMP Património Musical Vivo, tendo concebido e coordenado diversos projetos editoriais e de programação musical. Entre 2021 e 2024 integrou a direção da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música. Iniciou em setembro de 2022 as funções de diretor do MNM.
Sérgio Gorjão continua como diretor do Palácio Nacional de Mafra, cargo que desempenha desde 2021. Licenciado em História e mestre em Museologia, foi diretor do Museu Nacional Grão Vasco entre 2010 e 2014 e secretário-geral da Comissão Nacional Portuguesa para a UNESCO entre 2020 e 2021, tendo integrado a equipa técnica e científica que elaborou o dossier de candidatura do Real Edifício de Mafra a Património Mundial. Foi ainda coordenador da Rede de Museus e Galerias Municipais e dos Serviços de Cultura da Câmara Municipal de Óbidos.
Com a conclusão destes cinco concursos, que receberam 39 candidatos, fica apenas por nomear a nova direção do Museu Rainha D. Leonor (Beja), estando a decorrer até 26 de março a fase de candidatura do novo processo de recrutamento.
Os 34 concursos já finalizados contaram com um total de 259 candidatos de proveniências tão diversas quanto Espanha, Itália, Inglaterra, Venezuela, Estados Unidos, México e Equador, além de Portugal e do Brasil.
Em relação às nomeações, a seleção dos respetivos júris traduziu-se em 2/5 de renovações e 3/5 de continuidade, com clara preponderância do género feminino (23 mulheres e 11 homens).
Estas nomeações assinalam um novo ciclo de crescimento e promoção da cultura, da arte e do património, procurando reforçar o compromisso com os processos de democratização, internacionalização e inovação dos monumentos e museus nacionais.