Antigo palácio real e Monumento Nacional, é um magnífico museu e o único palácio visitável em Lisboa que ainda conserva, de um modo fidedigno, a disposição e a decoração das salas ao gosto do século XIX, nomeadamente os aposentos dos monarcas e a Sala do Trono.
Situado no alto da colina da Ajuda, com uma vista deslumbrante sobre o rio Tejo, o Palácio integra coleções de artes decorativas dos séculos XVIII e XIX: ourivesaria, tapeçaria, mobiliário, vidro e cerâmica, bem como coleções de gravura, escultura e pintura, com obras de autores como El Greco, Géricault ou Moroni.
Edifício neoclássico da primeira metade do século XIX, foi residência oficial da família real portuguesa a partir do reinado de D. Luís I (1861-89) e, de uma forma continuada, até ao final da Monarquia, em 1910. Após 1862, com a rainha D. Maria Pia de Saboia (1847-1911), o Palácio ganha uma vida renovada. A disposição e decoração das salas, a cargo do arquiteto Joaquim Possidónio da Silva (1806-96), acompanhou as novas normas de conforto e higiene, características da segunda metade de oitocentos. Nasceram neste palácio os príncipes D. Carlos (1863-1908) e D. Afonso (1865-1920); aqui reunia-se o Conselho de Estado e realizavam-se cerimónias de corte, grandes bailes e banquetes.
Em 1910, instaurada a República e exilada a família real, o Palácio foi encerrado. Aberto ao público como museu, em 1968, o palácio conserva ainda hoje a disposição e a decoração dos aposentos tipicamente oitocentistas.