O Museu Nacional do Traje reúne uma coleção de indumentária e acessórios desde o século XVIII até à atualidade, representando diversos períodos históricos, estilos ou tendências. Está instalado no Palácio Angeja-Palmela, numa antiga quinta de recreio de Lisboa, e tem em anexo o Parque Botânico do Monteiro-Mor, criado no século XVIII, com projeto do italiano Domenico Vandelli.
Nesta área de c. 11 ha, distribuem-se lagos, prados, recantos e caminhos, assim como o jardim histórico, o horto botânico, um pomar, a horta e a mata. Aqui se encontra a primeira Araucaria Heteropylla conhecida em Portugal continental.
O Museu Nacional do Traje foi inaugurado em 1977, após a primeira exposição O Traje Civil em Portugal, organizada em 1974, no Museu Nacional de Arte Antiga. A coleção inicial provém do Museu Nacional dos Coches, com peças que, em grande parte, pertenceram à Casa Real. As doações de particulares constituem a grande fonte de enriquecimento do acervo, que perfaz atualmente cerca de 40 mil peças.
As coleções representam essencialmente o traje civil e acessórios, documentando a evolução das formas de vestir, sobretudo da aristocracia e da alta ou média burguesia. O traje popular está quase ausente, pois são muito escassos os exemplares de épocas mais recuadas, uma vez que era confecionado com materiais menos resistentes e usado intensamente.
O núcleo do traje feminino é o mais numeroso, completando-se com traje interior, abundante e representativo dos séculos XIX e XX. O traje masculino está também presente, com predominância para as épocas em que a seda e o linho tinham primazia. Os acessórios abrangem botões, leques, malas, chapéus, sapatos, xailes, entre outra variada tipologia de peças. A secção de bragal inclui tecidos, bordados, rendas e colchas.
Uma interessante coleção de traje de criança completa este núcleo do traje civil. O acervo conta ainda com bonecas e respetivos trajes, pintura e mobiliário, entre outros.