Monumento memorial da batalha de Aljubarrota e panteão régio, cuja construção teve início em finais do século XIV com o patrocínio de D. João I, o Mosteiro dominicano da Batalha é o mais significativo edifício do gótico português.
As suas vastas dependências constituem hoje um excelente exemplo da evolução da arquitetura medieval até ao início do século XVI, desde a experiência inédita do tardo-gótico à profusão decorativa do manuelino. Monumento Nacional, integra a Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1983.
Situado no centro da vila da Batalha, a construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha, resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal.
As obras prolongaram-se por mais de 150 anos, através de várias fases de construção. Esta duração justifica a existência, nas suas propostas artísticas, de soluções góticas predominantemente manuelinas e um breve apontamento renascentista. Vários acrescentos foram introduzidos no projeto inicial, daí resultando um vasto conjunto monástico que atualmente apresenta uma igreja, dois claustros com dependências anexas e dois panteões reais: a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas. D. João I doou-o à ordem de S. Domingos, doação a que não foram alheios os bons ofícios do Doutor João das Regras, chanceler do reino, e de Frei Lourenço Lampreia, confessor do monarca.
Na posse dos dominicanos até à extinção das ordens religiosas em 1834, o monumento foi depois incorporado na Fazenda Pública, estando hoje na dependência da Museus e Monumentos de Portugal, assumindo-se como um espaço cultural, turístico e devocional.