Convento de Cristo

Convento de Cristo é o nome pelo qual é geralmente conhecido o conjunto monumental constituído pelo Castelo Templário de Tomar, o renascentista Convento da Ordem de Cristo, a cerca conventual, hoje conhecida por Mata dos Sete Montes, a Ermida da Imaculada Conceição e o aqueduto conventual, também conhecido por Aqueduto dos Pegões. Inscrito na Lista de Património Mundial da UNESCO em 1983, integra alguns dos mais expressivos testemunhos da história da arquitetura portuguesa. Os sete séculos da sua construção percorrem os momentos mais significativos da História de Portugal.

O Castelo surge em 1160 com a fundação de Tomar pelos Templários. Depois da extinção dos Templários em 1312, será sede da Ordem de Cristo e sob a administração do Infante D. Henrique (1420-60) vão surgir os aposentos conventuais em torno de dois claustros de expressão gótica: o claustro dito da Lavagem e o Cemitério.

A Charola, um dos raros e emblemáticos templos em rotunda da Europa medieval, teve como modelo a basílica paleocristã do Santo Sepulcro de Jerusalém. A entrada na Charola era virada a nascente, até que as obras de D. Manuel I (1469-1521) estabeleceram a nova entrada a sul, na nave que ampliou o oratório para ocidente, através de um arco triunfal. A nave manuelina, obra de Diogo de Arruda (1510-13) concluída por João de Castilho (1513-15), dotou a igreja conventual de espaços mais amplos para a função litúrgica. Surge assim, a continuar a Charola, um espaço de assembleia, uma sala para sacristia em piso de meia-cave e, por cima desta, o coro da igreja. Este espaço ficou conhecido como Coro Alto e a sacristia como Sala do Capítulo. É nesta sala que está a famosa Janela do Capítulo, símbolo da expansão marítima portuguesa e da conceção imperial que o Rei Venturoso tinha para Portugal.

Quando D. João III se tornou rei de Portugal, em 1528, construiu um novo e grandioso convento para poente em torno da igreja ampliada por D. Manuel I. O novo conjunto monástico vai ter as suas dependências organizadas em torno de cinco claustros de traça renascentista.
Com os Filipes de Espanha no trono de Portugal (1580-1640), novas construções vão dar continuidade ao convento joanino. É concluído o Claustro Principal e no Claustro do Cemitério é edificada, em estilo maneirista, a Sacristia Nova. A fachada sul vai ser alterada pela arcaria do grandioso Aqueduto dos Pegões, que é a obra mais marcante do período filipino. 

No último quartel do século XVII, realizaram-se as derradeiras obras de grande vulto, com a grande Enfermaria e a Botica nova, que viriam a conferir ao flanco norte do Convento a sua atual monumentalidade. Em 1835, o influente político Costa Cabral adquiriu em hasta pública a cerca conventual, o recinto da vila antiga, no Castelo, e as edificações do ângulo sul-poente do Convento. A adaptação da ala poente do claustro dos Corvos a um palacete neoclássico é o testemunho da arquitetura e do gosto do século XIX. Em meados da década de 1980, o Estado reassumiu a plena posse do conjunto monumental designado por Convento de Cristo, com funções culturais e turísticas, que se mantêm.

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Diretor/a

Andreia Galvão

Morada e contactos

Convento de Cristo · 2300-000 Tomar
T +351 249 313 481 | 249 315 089
E-mail: geral.ccristo@museusemonumentos.pt 

Site: www.conventocristo.gov.pt

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Horário

Outubro a maio 9h00-17h30 
Junho a setembro 9h00-18h30 
Encerrado: 1 de janeiro, 1 de março, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 24 e 25 de dezembro

Bilheteira

Normal: 15,00 €
Bilheteira online

Recursos

Cedência de espaços, Loja, Biblioteca, Serviço Educativo

 

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