A Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E., anuncia a conclusão dos concursos públicos internacionais para a direção do Museu de Alberto Sampaio, do Paço dos Duques e Castelo de Guimarães, do Museu Nacional do Azulejo, do Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, do Museu Nacional Machado de Castro, do Museu Nacional de Arqueologia e do Museu Nacional do Teatro e da Dança, assim como do Laboratório José de Figueiredo e da Coleção de Arte Contemporânea do Estado.
Na sequência dos procedimentos concursais lançados em agosto e setembro deste ano para aqueles nove equipamentos e entidades, os novos diretores são:
- Maria de Lurdes Rufino assume a direção do Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães. Licenciada em História de Arte, com pós-graduação em Museologia, tem um percurso profissional ligado à área da museologia, tendo desempenhado funções em instituições museológicas da administração central, local e da Igreja, entre as quais o Mosteiro de São Martinho de Tibães, em Braga, que coordenou entre 2014 e 2019, o Theatro Circo de Braga, onde foi administradora não executiva, e o Museu Municipal de Esposende, onde exerce atualmente funções como conservadora.
- Milton Pacheco será o novo diretor do Paço dos Duques e Castelo de Guimarães. Licenciado e mestre em História da Arte pela Universidade de Coimbra, é investigador na área da arquitetura religiosa e do Santo Ofício. A exercer funções na Casa-Museu Elysio de Moura desde 2016, trabalhou ainda como assessor no Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Coimbra.
- Rosário Salema de Carvalho é a nova diretora do Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa. Investigadora no ARTIS–Instituto de História da Arte, é especialista em azulejaria portuguesa e coordena atualmente os projetos relacionados com os estudos e inventário do azulejo, em colaboração com o Museu. Com Mestrado em Arte, Património e Restauro e doutorada em História pela Universidade de Lisboa, com trabalhos dedicados à azulejaria do século XVII.
- Margarida Donas Botto assume a direção do Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém. Diretora interina desde maio deste ano, é licenciada em História, mestre em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico e tem vasta experiência na área do património cultural, tendo exercido funções na ex-Direcção-Geral do Património Cultural e, mais recentemente, na Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E..
- Sandra Saldanha será a nova diretora do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra. Doutorada em História da Arte pela Universidade de Coimbra, pertence ao Centro de História da Sociedade e da Cultura, dedicando atividade científica à investigação da arte portuguesa na Idade Moderna. Tem vasta experiência académica e profissional dos domínios da história de arte, património e promoção cultural.
- António Carvalho mantém-se como diretor do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, cargo que desempenha desde 2012. Historiador de formação, iniciou a sua atividade em arqueologia em 1983 tendo dirigido diversas campanhas arqueológicas e realizado extensa investigação na área. Foi diretor do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Cascais entre 2002 e 2012, e integra atualmente o Conselho Científico da Fundação Côa Parque.
- Mariana Viterbo Brandão assume a direção do Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa. Formada em Dança e em História da Arte, é investigadora e docente universitária na área de performance e história da dança, campo sobre o qual concluiu tese de doutoramento. Com uma trajetória académica e artística diversificada, é investigadora no Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes, sendo atualmente directora de produção do Arena Ensemble e directora artística do Festival Temps d’Images.
- Rui Câmara Borges assume a direção do Laboratório José de Figueiredo. Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais, com especialização em ligas de prata portuguesa dos séculos XV a XVII, e mestre em Conservação e Restauro, desenvolve trabalho e investigação nas áreas de conservação de metais antigos e tecnologias de produção histórica. É presidente da Associação Profissional de Conservadores-restauradores de Portugal e lecciona no Departamento de Ciências dos Materiais na Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNL).
- Sandra Vieira Jurgens mantém-se à frente da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE). Curadora da CACE desde 2022, é licenciada em História da Arte e doutorada em Belas-Artes pela Universidade de Lisboa, estando o seu percurso intimamente ligado à arte contemporânea, seja enquanto professora, investigadora ou curadora de exposições.
Traduzindo um momento de renovação para os equipamentos culturais, com a entrada de seis novos diretores, a manutenção de 2 direções e a renovação de 1 direção até agora interina, estas nomeações assinalam um novo ciclo de crescimento e promoção da cultura, da arte e do património, procurando reforçar o compromisso com os processos de democratização, internacionalização e inovação dos monumentos e museus nacionais.
Estes nove concursos receberam um total de 69 candidaturas - de proveniências tão diversas quanto a Venezuela, Espanha, Itália ou Estados Unidos, além de Portugal -, que foram avaliadas por um júri composto por elementos nacionais e estrangeiros, incluindo académicos, investigadores e especialistas nas áreas da cultura, património e museologia, assim como representantes de associações profissionais do setor.
Como previsto no regulamento, cada concurso ficará concluído em menos de seis meses desde o seu lançamento até à entrada em funções dos novos diretores, entre janeiro e março de 2025, conforme comunicado a todos os candidatos e assim permitindo assegurar uma melhor execução do programa e orçamento de cada equipamento e organismo, ao fazer coincidir o início do ano civil com o primeiro ano de mandato.
Os mandatos são exercidos em regime de comissão de serviço com a duração de três anos (até dezembro de 2027).
No dia 9 de dezembro, foi lançado o sexto e último concurso, que selecionará os novos diretores do Convento de Cristo, do Mosteiro de Alcobaça, do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha, da Fortaleza de Sagres, do Panteão Nacional, do Museu Nacional da Música e do Palácio Nacional de Mafra.